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PF desarticula quadrilha que utilizava Porto de Santos para exportar droga

 

Dupla está presa em São Vicente: 6 aviões e R$ 7,5 milhões apreendidos

Quadrilha utilizava aviões para entrar com a droga no Brasil (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

 

Dois dos 18 alvos da operação deflagrada pela Polícia Federal no Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (28), estão na Baixada Santista. Trata-se de uma dupla de narcotraficantes que pertence a uma organização criminosa que transportava cocaína para dentro do Brasil e exportava parte dela pelo Porto de Santos. 

 

A polícia apreendeu da quadrilha seis aeronaves, 35 veículos, entre carros de luxo e caminhões, cinco imóveis, incluindo um aeródromo em Corumbá, e bloqueou 68 contas correntes bancárias. Os federais estimam, inicialmente, que o patrimônio do grupo já ultrapassava os R$ 7,5 milhões. O valor e os bens são decorrentes dos crimes. 

 

Pelo menos 150 policiais federais participaram da operação chamada de All In, executada em 14 cidades dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Goiás, e Minas Gerais. Ele cumpriram 50 mandados judiciais (18 de prisão cautelar, 25 de busca e apreensão e sete de condução coercitiva).

 

Os alvos dos dois mandados de prisão na Baixada Santista são, segundo a Polícia Federal, os motoristas Celso Luiz Lopes, de 62 anos, e Caio Luiz Carlone, 32 anos. Eles já estão presos desde 27 abril de 2016 na Penitenciária de São Vicente, quando foram flagrados em Cubatão com cerca de 500 quilos de cocaína prontos para serem exportados à Europa. 

 

De acordo com o delegado José Antônio Franco, responsável pela operação, ambos foram ouvidos nesta terça por agentes da Delegacia da Polícia Federal em Santos. "Quando eles foram presos, nossas investigações já apontavam que o carregamento pertencia à quadrilha que foi desmantelada nesta manhã", disse.

 

Carregamento de cocaína foi interceptado em abril de 2016 (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

 

Líder do grupo

 

Entre os presos da operação está Gerson Palermo, de 53 anos, considerado o líder da organização. Ele foi encontrado em casa no Bairro Jardim Antártica, em Campo Grande (MS), no início da manhã. "Esta é a sexta vez que o prendemos. Acreditamos que pelas provas não há como ele sair mais da prisão", disse o delegado. 

 

Em 2000, Palermo foi condenado pela Justiça a 20 anos de prisão por roubar um avião da extinta Vasp que levava R$ 5 milhões em malotes do Banco do Brasil no compartimento de carga. Ele teve a ajuda de oito homens na ocasião. A aeronave tinha 61 pessoas a bordo e faria a rota Foz do Iguaçu (Paraná) e São Luiz (Maranhão). 

 

Gerson aparece também como um dos fundadores de uma facção criminosa e está entre os envolvidos de uma rebelião ocorrida em 2005 no presídio de segurança máxima de Campo Grande. Desde 2010 ele cumpre pena em regime semiaberto. Segundo a PF, ele nunca deixou de praticar atividades criminosas. 

 

Operação foi deflagrada nesta manhã em seis estados diferentes (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

 

Operação 

 

As investigações foram iniciadas a partir de dois flagrantes que resultaram na prisão de três pessoas, sendo dois integrantes da organização criminosa, transportando mais de 800 quilos de cocaína proveniente da Bolívia - considerada um dos principais países produtores da droga. Ambos tinham como destino o cais santista. 

 

De acordo com a Polícia Federal, a droga entrava no Brasil em aeronaves para  justamente despistar o controle da fronteira terrestre. Os carregamentos clandestinos eram distribuídos nos estados do Sudeste por caminhões e parte dele chegava ao Porto de Santos para ser comercializada a outros países, principalmente da Europa. 

 

Ainda segundo os federais, o nome All In para a operação deflagrada faz referência a uma manobra do Poker. O jogador aposta todas as fichas em uma mão de cartas, assim como a organização criminosa que foi desmantelada, que arriscava-se transportando grande quantidade de entorpecente de uma única vez. 

 

Fonte: A Tribuna / JOSÉ CLAUDIO PIMENTEL

 

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