HNS PORT - Consulting & Security e os Cookies - Nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Confira a Política de Privacidade

DISPOSITIVO

 

Caixa de metal foi localizada por mergulhadores durante inspeção em uma embarcação. Dentro dela, estavam quase 34 quilos de cocaína

 

 

Um dispositivo ilegal foi localizado fixado ao casco de um navio no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, na noite de segunda-feira (8). Dentro dele, estavam 33,84 kg de cocaína, que seriam transportados clandestinamente à Europa. É a primeira vez que um flagrante nesta modalidade de narcotráfico é feito no cais santista.

 

 

A caixa preta de metal foi encontrada por mergulhadores durante inspeção rotineira na estrutura do navio Orange Blossom 2, atracado em um terminal da margem esquerda, em Guarujá (SP). Ela estava instalada na parte frontal (proa) da embarcação, próximo ao hélice de propulsão para manobras laterais, conhecido como bow thruster.

 

O comandante do navio, cuja bandeira é da Libéria, foi notificado e acionou as autoridades federais. A equipe do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) da Polícia Federal foi à embarcação e solicitou apoio aos mergulhadores do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (GBMar) para localizar e retirar a caixa metálica.

 

 

O dispositivo único estava fixado ao casco do navio, entre 6 e 7 metros abaixo da linha d'água. Segundo a Polícia Federal, ele estava preso dentro do tubo onde se localiza o hélice, por meio de fitas e catracas, apropriadas para transporte e imobilização de cargas. Todo o material foi recolhido e levado à Delegacia da PF, no Centro de Santos.

 

A caixa tem pouco mais de um metro de comprimento e 40 centímetros de largura. Dentro dela, estavam 30 tabletes da droga, envoltos em plástico colorido. Este compartimento estava selado, de modo que não fosse possível entrar água, mesmo com a movimentação brusca em manobras ou com a trepidação da embarcação.

 

Ninguém foi preso, mas uma investigação foi aberta para identificar envolvidos na instalação do dispositivo e na tentativa de tráfico internacional. A polícia trabalha com a hipótese de que a caixa tenha sido instalada durante a escala do navio em Santos, mas não descarta que ela já tenha vindo acoplada ao barco de outro lugar.

 

O Orange Blossom 2 é um navio-tanque e transporta suco de laranja. Ele esteve no cais santista, após passar pela Europa, para embarcar 10 mil toneladas do produto, segundo dados da Autoridade Portuária. A embarcação segue viagem de volta ao continente europeu, com destino ao Porto de Rotterdam, na Holanda, conforme a Polícia Federal.

 

"Porta-droga"

A Polícia Federal informou que esta foi a primeira vez que um "porta-droga" foi flagrado acoplado a um navio no Porto de Santos. No entanto, não é novidade no narcotráfico, já que dispositivos semelhantes já foram localizados em barcos no Rio Amazonas e em portos do mundo, principalmente nos Estados Unidos.

 

No cais santista, as modalidades mais comuns de narcotráfico são a que envolvem o embarque de cocaína por içamento (quando o carregamento é puxado a bordo) e dentro de contêineres (quando a droga ou o material ilícito é escondido em meio a uma carga regular, para justamente despistar a atenção da fiscalização).

 

 

Em 26 de abril, um método de embarque, até então inédito, também foi descoberto. Na ocasião, sete estivadores foram presos em flagrante com tabletes de cocaína presos ao corpo, escondidos em coletes. Cada um transportava, aproximadamente, 4 quilos de droga e receberia, ainda segundo a polícia, R$ 2 mil pelo serviço.

As autoridades sabem que a cocaína “tipo exportação”, enviada pelo Porto de Santos a outros continentes, não é produzida no Brasil. Segundo a Polícia Federal e a Receita Federal, a droga é preparada nas nações vizinhas, como Peru, Bolívia e Venezuela, considerados tradicionais produtores, entram no país via fronteira terrestre e seguem para o mundo pelo complexo.

 

Balanço

Esta foi a 15ª apreensão realizada este ano no cais santista, que agora totaliza 6.527 kg da cocaína apreendidas por equipes federais. Segundo um levantamento da Alfândega, ao longo de 2016, foram 22 flagrantes feitos no cais, que totalizaram 10.622 quilos do entorpecente localizado e apreendido nas duas margens.

 

A última grande apreensão ocorreu no primeiro dia de maio, segunda-feira. Foram 332 quilos do entorpecente encontrados escondidos em um contêiner, já embarcado em um navio. O carregamento clandestino foi içado a bordo, acreditam as autoridades, uma vez que as bolsas que o protegia estavam envoltos a cordas.

 

Fonte: G1 Santos

 

 

 

 

 

 

 

 

Confira também:

ABIN acompanha instalação da maior termoelétrica da América Latina

CONPORTOS publica cronograma de Auditoria para 2019

CONPORTOS publica relação dos aprovados no CESSP 18ª Edição